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Pode Colocar Insulfilm no Para-brisa? A Lei, os Riscos e a Verdade Sobre os Sensores

  • Foto do escritor: Daniel Machado
    Daniel Machado
  • há 6 dias
  • 3 min de leitura

A dúvida sobre a aplicação de insulfilm no para-brisa é uma das mais comuns entre motoristas que buscam mais conforto e proteção. A resposta, no entanto, não é tão simples quanto parece. Ela envolve o que a lei permite e, mais importante ainda, o que a tecnologia do seu carro suporta.

Como especialistas em veículos de alta tecnologia, a Leandrini preparou este guia definitivo para esclarecer as regras e alertar sobre um risco crítico que a maioria das oficinas desconhece ou ignora.


Qual a porcentagem permitida para insulfilm no para-brisa?


A legislação brasileira, determinada pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), é muito clara: para o para-brisa, a película deve ter uma transmitância luminosa de, no mínimo, 70%. Em termos simples, isso significa que o filme deve ser quase totalmente transparente, permitindo a passagem de pelo menos 70% da luz. O objetivo é garantir a visibilidade total do motorista, especialmente durante a noite ou em condições de chuva.



Insulfilm G35 é permitido no para-brisa?


Não, é proibido. A nomenclatura "G35" indica que a película permite a passagem de apenas 35% da luz, o que está muito abaixo do mínimo legal de 70% exigido para o para-brisa.


Insulfilm G20 é permitido no para-brisa?


Não, é estritamente proibido. O insulfilm G20 é ainda mais escuro, permitindo a passagem de somente 20% da luz. Seu uso no para-brisa compromete severamente a segurança e é considerado uma infração de trânsito.


Insulfilm G50 é permitido no para-brisa?


Não, também é proibido. Embora seja mais claro que o G20 e o G35, o insulfilm G50 (com 50% de transparência) ainda não atinge o mínimo legal de 70% e, portanto, não pode ser aplicado no para-brisa.


Afinal, qual insulfilm é permitido no para-brisa?


O único tipo de película permitido por lei é o de alta transparência, geralmente conhecido como insulfilm G70, G75 ou superior. Esses filmes são projetados não para escurecer o vidro, mas para oferecer proteção contra os raios UV e reduzir a incidência de calor, mantendo a visibilidade praticamente inalterada.


O Alerta da Leandrini: O Risco Real nos Carros Modernos


A discussão legal é apenas o começo. O ponto mais crítico, especialmente para proprietários de veículos premium, é a tecnologia. A área ao redor do retrovisor interno nos carros modernos (como BMW, Porsche, Land Rover, Volvo e Audi) tornou-se um complexo centro eletrônico.

Nessa pequena região do para-brisa estão instalados sensores e câmeras vitais para o funcionamento do carro:

  • Câmeras dos sistemas de segurança (ADAS), que controlam o piloto automático adaptativo e o assistente de faixa.

  • Sensor de chuva e de luminosidade.

  • Módulos eletrônicos que gerenciam diversas funções.

O processo de aplicação de insulfilm exige o uso abundante de uma solução líquida (água e sabão) para moldar e fixar a película. É impossível garantir que essa umidade não escorra para dentro do cluster de sensores. A infiltração de líquido nesses componentes eletrônicos pode queimar módulos e danificar sensores de forma irreversível.

A consequência é catastrófica. Muitos desses módulos eletrônicos não possuem estoque no Brasil. Se um componente for danificado durante a aplicação da película, o proprietário pode ter que esperar mais de 3 meses pela chegada de uma peça importada, ficando com sistemas de segurança desativados ou, em casos extremos, com o carro parado.

Diante desse risco altíssimo, a recomendação técnica da Leandrini é clara: não aplique insulfilm no para-brisa de veículos modernos equipados com essa tecnologia. A integridade do seu carro vale mais do que o benefício de uma película nessa área. Proteger seu patrimônio com informação correta é o nosso compromisso.



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